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Senado aprova voto de repúdio no caso de Mariana Ferrer: “ilegal, machista, misógino e cruel”

Um dos autores do voto, senador Fabiano Contarato (Rede-ES), classificou como "aberração jurídica" a decisão sobre estupro de Mariana Ferrer. Procuradoria da Mulher pediu anulação da sentença

Foto: Reprodução

Por Plinio Teodoro, da Revista Fórum

O Senado aprovou por unanimidade, na noite desta terça-feira (3), voto de repúdio ao advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho, ao juiz Rudson Marcos, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, e ao promotor de Justiça Tiago Carriço de Oliveira, responsáveis pelo julgamento que absolveu o empresário André de Camargo Aranha, acusado de estuprar a publicitária e influenciadora digital Mariana Ferrer, de 23 anos, em uma festa em Florianópolis, em 2018. 

Um dos autores do voto, o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) afirmou pelas redes que o julgamento penalizou a vítima de um crime bárbaro.

“Não vamos aceitar esse crime continuado contra uma vítima. É ilegal, machista, misógino e cruel. Também apresentei voto de repúdio, na sessão de hoje no Senado, contra o juiz, o advogado e o promotor que patrocinaram essa barbaridade. Sobre eles pesará o rigor da lei”, tuitou.

A Procuradoria da Mulher do Senado apresentou ainda um pedido para que Ministério Público anule a sentença, e representações junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para que apurem os fatos. Os pedidos foram subscritos pelos demais senadores.

Para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a sentença desonra a sociedade. “Esperamos que o Judiciário apure a responsabilidade dos agentes envolvidos e que a justiça brasileira seja instrumento de acolhimento, jamais de humilhação. Deixo aqui toda a minha solidariedade à vítima, a jovem Mariana Ferrer”, afirmou, via Twitter.

Com informações da Agência Senado

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