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Revolta: Coletivo Feminista de PG protesta contra absolvição de PMs denunciados por estupro; veja vídeo

“O que esse juiz fez representa uma grave violação dos direitos humanos contra essa mulher”, desabafa Flávia Souza, jornalista e integrante do coletivo Esquerda Feminista Praia Grande

Fotos e vídeo: Arquivo pessoal

Integrantes do Coletivo Esquerda Feminista de Praia Grande (EFPG) realizaram o ato intitulado “O violador é você!”. A manifestação, contra a absolvição dos policiais militares pelo crime de estupro de uma jovem dentro de viatura, com a alegação de que ela poderia ter resistido, ocorreu no ponto de ônibus em frente ao Litoral Plaza Shopping, próximo ao Batalhão da Polícia Militar da cidade, local onde os policiais deram carona para a vítima.

“É revoltante a decisão da Justiça Militar em absolver os dois policiais acusados de estupro, usando como fundamento a desculpa que a vítima, então presa dentro de um carro em movimento com dois homens armados, poderia ter resistido ao ato libidinoso”, denuncia Flávia Souza, jornalista e integrante do coletivo Esquerda Feminista Praia Grande.

“Na verdade, esta é uma alegação criminosa, que endossa a prática de estupro no nosso país, afinal, segundo o entendimento do magistrado, a vítima sempre pode resistir. O Brasil é o quinto país em mortes violentas de mulheres no mundo. O que esse juiz fez, no nosso entender, representa uma grave violação dos direitos humanos contra essa mulher”, acrescenta.

“Nós nos manifestamos em frente ao ponto de ônibus onde a moça estava quando encontrou os policiais. O local fica ao lado de um posto da Polícia Militar, onde fizemos um ato simbólico. Também produzimos uma nota de repúdio com assinaturas de movimentos, entidades, partidos e coletivos de todo o Brasil. Grupos de fora do país também fizeram questão de participar deste documento. Nós, não vamos parar”, completa Flávia.

Conscientização

Segundo as organizadoras, a manifestação pretendeu ajudar na conscientização da população da cidade em relação ao crime ocorrido em 2019, assim como da decisão “absurda, repleta de injustiças e retrocessos diante dos direitos arduamente conquistados por nós e uma afronta à nossa luta cotidiana em busca de respeito”.

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