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Detalhes do assédio de Marcius Melhem sobre Dani Calabresa e o silêncio da Globo, na Piauí

O diretor imobilizou a humorista, lambeu seu rosto e tirou o pênis para fora, diz reportagem da revista

Marcius Melhem - Foto: Reprodução/TV Globo

Por Julinho Bittencourt, da Revista Fórum

Na primeira vez, o diretor Marcius Melhem tentou beijar a humorista Dani Calabresa em uma comemoração. Ela conseguiu se desvencilhar e deixou o palco de um karaokê, acompanhada da atriz Débora Lamm.

De acordo com longo texto do repórter João Batista Jr. para a revista Piauí, na mesma noite, no entanto, “ao sair do banheiro, Dani deu de cara com Melhem, que estava à sua espera e tentou agarrá-la. Ela reagiu, bateu com a parte traseira da própria cabeça na parede e pediu que Melhem a deixasse passar. Em vão. Com uma das mãos, ele imobilizou os braços da atriz. Com a outra, puxou a cabeça dela para forçar um beijo. Assustada, Calabresa cerrou os lábios e virou o pescoço, mas Melhem conseguiu lamber o rosto dela. Em seguida, tirou o pênis para fora da calça. Enquanto a atriz tentava soltar os braços e escapar da situação, acabou encostando mão e quadris no pênis de Melhem. Ao reencontrar os colegas no salão, Calabresa teve uma crise de choro. Os atores Luis Miranda e George Sauma ofereceram a ela um copo d’água e confortaram a amiga”.

A matéria fez com que o nome de Marcius Melhem fosse parar, mais uma vez, entre os assuntos mais comentados do Twitter, nesta sexta-feira (4). Internautas afirmam se sentir “enojados” com a descrição da cena e a impunidade com que, até agora, o ex-diretor da Globo é tratado.

Para a reportagem, a Piauí diz ter ouvido 43 pessoas, em conversas presenciais, virtuais ou por meio da troca de mensagens de texto ou áudio. Entre elas, duas vítimas de assédio sexual de Marcius Melhem, sete vítimas de assédio moral e três vítimas dos dois tipos de assédio, o sexual e o moral.

Algumas das mais de quatro dezenas de pessoas conversaram com a revista sem pedir anonimato, mas a maioria só deu entrevista com a condição de que seus nomes não fossem revelados. Os motivos são diversos: evitar atritos com a Globo, prejuízos às suas carreiras profissionais ou mesmo ações judiciais. No caso das vítimas de assédio sexual, em particular, a razão mais frequente para manter o anonimato é a ojeriza que sentem de reviver, agora publicamente, a dor e o constrangimento pelos quais passaram.

O texto relata em detalhes todo o episódio seguido do silêncio da Rede Globo sobre o assunto, mesmo após a demissão de Melhem.

Leia a reportagem completa aqui

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