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Conselheira do Corinthians é alvo de ataque machista no clube: “arrumar tanque de roupas para se divertir”

Analu Tomé entrou com uma representação no Conselho de Ética do clube para que providências sejam tomadas

Analu Tomé - Foto: Reprodução/Facebook

A conselheira eleita do Corinthians, Analu Tomé, entrou com uma representação no Conselho de Ética e Disciplina do clube cobrando medidas contra Mané da Carne, que é conselheiro vitalício e a atacou com injúrias machistas.

Durante uma discussão, Mané da Carne mandou Analu “arrumar um tanque de roupa para se divertir”. A atitude machista do conselheiro foi repreendida pela diretoria do Corinthians.

Corinthians: respeita as minas

“Se o clube adota o lema ‘Respeita as minas’, imaginamos que, em suas instâncias de direção e aconselhamento, não possa mais imperar o desprezo pelas mulheres. A ofensa a uma delas representa grave afronta a todas as milhões de fiéis, sócias e torcedoras, que constroem a grandeza do nosso clube”, declarou Analu Tomé no documento entregue ao Conselho de Ética do Corinthians.

Além disso, Analu afirma que a postura machista de Mané da Carne é recorrente em conversas no WhatsApp dos conselheiros do Corinthians.

“Peço providência exemplar nesse caso, a fim de desestimular casos de misoginia e agressão contra a mulher no Corinthians”, finaliza o documento assinado por Analu Tomé.

Atualmente, o Conselho de Ética do Corinthians é presidido por André Luis de Oliveira, conhecido como André Negão.

Agora, o Conselho vai analisar a representação de Analu Tomé. Caso seja aceita, os conselheiros vão investigar o ocorrido e estudar quais advertências podem ser aplicadas no caso.

Jornalista (USJ), mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e doutor em Ciências Socais (PUC-SP). Professor convidado do Cogeae/PUC e pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças (NIP-PUC-SP). É autor do livro “A construção da heternormatividade em personagens gays na televenovela” (Novas Edições Acadêmicas) e um dos autores de “O rosa, o azul e as mil cores do arco-íris: Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente” (AnnaBlume).
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