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Coletivo Feminista faz protesto em praia de Santos para pedir prisão de Robinho

Está marcado para o dia 20 de março a análise do Superior Tribunal de Justiça sobre o possível cumprimento de pena no Brasil

Foto: Divulgação

O coletivo de mulheres Maria Vai com as Outras fez um protesto na praia de Santos, neste domingo (4), para pedir a prisão do ex-jogador Robinho, condenado na Itália a nove anos e meio de prisão pelo estupro de uma jovem albanesa. Está marcado para o dia 20 de março a análise do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre o cumprimento de pena no Brasil.

Coordenadora do Coletivo Feminista, Dida Dias explica que cerca de 20 pessoas integraram o grupo de manifestantes, que carregava um cartaz e gritava palavras de ordem contra o ex-jogador do Santos, Real Madrid, Manchester City, Milan e seleção brasileira.

“Estas questões estão sempre em nosso radar, todas as vezes que aparece um caso de estupro. Por exemplo, o estupro sofrido por uma funcionária da delegacia em Guarujá, dentro do local de trabalho. Isso mostra o prejuízo gerado pela impunidade, que acaba naturalizando o estupro”, afirma.

Dida Dias conta que o grupo aproveitou a tarde de sol e a praia cheia para fazer o protesto. O trecho escolhido foi entre as praias do Gonzaga e do Embaré. “Nós esperávamos xingamento e ataques, mas tivemos uma surpresa: muito apoio e nenhuma negativa visível”, explica.

Segundo ela, chamou a atenção o apoio masculino ao protesto que pede a prisão de Robinho. “Vários homens apoiavam quando pedíamos para levantar as mãos. Mesmo adolescentes, que estavam jogando bola, pararam e aplaudiram”.

Questionada sobre o que o coletivo faria se encontrasse o ex-jogador na praia, Dida Dias diz que elas estavam prontas para acompanhar as reações de Robinho. “Não iríamos bater boca com ele”, garante.

O caso

Robinho e cinco amigos estupraram uma jovem albanesa em um camarim da casa noturna milanesa Sio Café, onde ela comemorava seu aniversário. O caso aconteceu em 22 de janeiro de 2013, quando o atleta defendia o Milan. Ele foi condenado em primeira instância em dezembro de 2017. Os outros suspeitos deixaram a Itália ao longo da investigação e, por isso, a participação deles no ato é alvo de outro processo.

Com informações de A Tribuna

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