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Ato em Santos denuncia violência contra mulheres e pede “Justiça para Mari Ferrer”

Iniciativa é de grupo de jovens e de diversos coletivos feministas da Baixada Santista, que mobilizaram mais de cinco mil pessoas em evento criado nas redes sociais

Mari Ferrer - Foto: Reprodução

A manifestação que recebe o nome “Justiça para Mari Ferrer” acontece neste domingo (8), às 15 horas, na Praça da Independência, em Santos, e já conta com mais de oito mil pessoas confirmadas ou interessadas em participar.

O objetivo é denunciar a violência institucionalizada contra as mulheres e a cultura do estupro, que ficaram evidenciadas com o julgamento do caso da influencer catarinense Mariana Ferrer.

A ideia do protesto, criado e divulgado pelas redes sociais, surgiu em conjunto por várias mulheres da cidade e agregou entidades e coletivos feministas, como Associação Cultural José Martí da Baixada Santista, Ciranda Materna Baixada Santista, Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro, Coletivo Feminista Classista Maria vai com as Outras, Frente pela Legalização do Aborto Baixada Santista, Organização Anarquista Socialismo Libertário e Promotoras Legais Populares de Santos. O ato é público e não está vinculado a candidaturas políticas.

Foto: Reprodução/Facebook

A manifestação terá início na Praça da Independência e, após uma hora, seguirá pela Avenida Ana Costa até a Estação da Cidadania. A recomendação é que as participantes levem cartazes, utilizem roupa preta, estejam sempre de máscara e levem álcool em gel por causa da pandemia da Covid-19.

Os organizadores propõem, ainda, que as mulheres presentes utilizem máscaras brancas com um X preto no centro, simbolizando o silêncio imposto às mulheres que pedem ajuda e denunciam as agressões.

Humilhação

Mari Ferrer acusou o empresário André de Camargo Aranha por estupro, ocorrido no final de 2018. No julgamento, o réu, apesar de todas as evidências, foi considerado inocente.

Na audiência, o advogado do réu, Cláudio Gastão da Rosa Filho, humilhou a jovem, afirmando, inclusive, que “jamais teria uma filha do seu nível” e criando situações desrespeitosas. Nesses momentos, o juiz Rudson Marcos fez intervenções tímidas.

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