A estudante de odontologia Aline Vargas, de 35 anos, denunciou um produtor do Big Brother Brasil por assédio sexual durante uma suposta seletiva para entrar no reality show da TV Globo. Ela conta que o homem pediu fotos nuas para ela como condição para avançar no processo. Após negar as imagens, o produtor, que não teve seu nome revelado, disse que ela não teria chances no programa.
Aline denunciou o homem na Delegacia da Mulher de Belo Horizonte, no dia 23 de maio deste ano. Segundo informações do UOL, o inquérito já foi instaurado pela Polícia Civil de Minas Gerais, que apura o envolvimento de um segundo produtor no caso.
Em entrevista ao Balanço Geral, da TV Record, a estudante contou que o homem entrou em contato com ela através das redes sociais. “Dentro de uma longa conversa, ele me pede uma foto pelada, um nude. Tenho todas as provas possíveis, tenho prints autenticados pela Justiça. Agora, nesse momento, estou mexendo com um tubarão, o programa que o Brasil abraça e ama”, afirmou.
Na entrevista, a universitária afirmou ainda que um dos produtores denunciados é influente no processo de seleção do reality: “Ele transita entre a direção e a produção. Quando tinha os processos seletivos presencialmente, ele ia em todos”, disse.
O boletim de ocorrência conta detalhes sobre as mensagens que teriam sido enviadas pelo produtor: “O autor disse que deveriam ter mais fotos sensuais. ‘Gostosa de biquíni’. A vítima disse que não teria fotos de biquíni. O autor então pediu fotos nuas: ‘Me envia uma foto pelada’. A vítima desviou o assunto, porém ele insistiu para que ela enviasse uma foto ‘pelada e sexy’”, diz a denúncia.
Tempos depois, Aline retomou o contato com o produtor e negou o envio da foto. “Você tem poucas chances. Você é casada, não é um perfil que agrada. Porém, tudo é possível, boa sorte!”, teria respondido ele.
Demissão
Em nota, a Globo informou que o produtor não trabalha mais na emissora. “O colaborador em questão não está mais na empresa. Aproveitamos para reiterar que temos um Código de Ética, que deve ser seguido por todos nossos colaboradores, e uma ouvidoria pronta para receber quaisquer relatos de violação ao Código. Todo relato é apurado criteriosamente assim que a empresa toma conhecimento e as medidas necessárias são adotadas”, diz o texto.