O zagueiro Robson Bambu, do Corinthians, negou em depoimento na 5ª Delegacia Seccional – Leste, no bairro do Tatuapé, São Paulo, que tenha estuprado uma mulher de 25 anos. De acordo com a sua versão, parcialmente diferente da que foi dada pela garota (veja abaixo), ele diz que não praticou qualquer abuso sexual e que não tocou na mulher nem tirou a própria roupa, como ela alega.
O episódio teria ocorrido na manhã de 3 de fevereiro, após ele e um amigo chamado pezinho terem passado a noite em uma casa noturna no bairro do Tatuapé, Zona Leste de São Paulo.
De acordo com o jogador, ele chegou ao local por voltar da 1h e pagou a conta de todas as pessoas que estavam na mesa. Apesar do consumo de vodka, energético, licor e água, ele afirma que ninguém ficou embriagado.
O jogador confirma que foi para o quarto dele com a amiga da garota, que por sua vez foi para outra suíte com o amigo dele. Ambos relatam terem mantido relações sexuais de maneira consensual.
Ele declarou à Polícia que, pela manhã, ligou para o apartamento em que estavam Pezinho e a outra moça, pois precisava assinar um contrato de locação, mas não foi atendido. O jogador decidiu então ir até o quarto do amigo, onde diz ter ficado dez minutos.
Ele relata que, ao entrar no local, viu a garota coberta na cama e que ela parecia estar acordada, por estar se mexendo.
Ao ser informada que eram 11h, a garota ficou nervosa e passou a se queixar que perderia R$ 300 de um trabalho para o qual foi contratada naquele dia, de acordo com o atleta.
O jogador diz ainda que dentro do quarto não houve desentendimento entre eles. Isso só teria ocorrido minutos depois, quando os dois foram até a suíte em que Bambu estava hospedado e na qual a amiga da garota ainda estava dormindo.
A denunciante, teria tentado acordar a amiga jogando água nela, mas foi contida. Na sequência, ainda de acordo com o zagueiro, ela começou a acusá-lo de estupro, dizendo que ele teria colocado a mão nas genitais dela.
Em seu depoimento, Bambu conta ter ficado surpreso e garante que prontamente negou a prática de qualquer ato de violência sexual.
O jogador conta ainda que Pezinho trocou mensagens de texto com a vítima e que o amigo teria perguntado a ela se poderia fazer algo para ajudar, uma vez que a garota tinha perdido o trabalho do dia. De acordo com o atleta, a mulher, em meio a xingamentos, falou que se fosse para oferecer dinheiro, teria de ser uma boa quantia.
A versão da vítima
A vítima afirma que foi com Pezinho para um quarto no oitavo andar do hotel, onde tiveram relação sexual consensual, enquanto Robson Bambu e a amiga dela se dirigiram para um cômodo no quinto andar.
Ela diz não se lembrar direito o que aconteceu após manter relações com Pezinho, mas que pegou no sono e quando acordou, acabou por surpreender Robson, deitado sobre ela, nu, introduzindo um dedo em sua vagina. O rapaz com quem havia ido para o quarto (Pezinho) observava o ato.
Após isto, segundo o relato da vítima, ela afastou Bambu com um empurrão, colocou a roupa e saiu do quarto, à procura de sua colega. Ela ainda disse que Bambu conseguiu alcança-la, pediu-lhe calma, e negando ter praticado violência sexual contra ela. A vítima encontrou sua colega e foram embora do hotel, com um motorista por aplicativo.
Corinthians
O Corinthians informou por meio de nota que “não comentará o tema até que todos os fatos sejam esclarecidos mediante apuração”. O clube disse ainda que “não compactua com nenhum tipo de violência.”
Bambu foi mutado pela diretoria do clube por ter se atrasado em dois treinos.
O jogador, que foi contratado em janeiro, ainda não foi inscrito no Campeonato Paulista.
O caso segue em investigação pela Polícia Civil, que deve ouvir testemunhas e coletar provas.
Com informações do Globo Esporte e do UOL