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Santos FC contesta recorde de Messi e diz que Pelé ainda é o maior artilheiro de clubes

O clube da Vila Belmiro questiona os critérios adotados na contagem dos gols em jogos oficiais e avalia que amistosos também devem ser contabilizados

Foto: Fifa

O Santos Futebol Clube está contestando a divulgação de que o craque argentino, Lionel Messi, ultrapassou a marca de Pelé, como o maior artilheiro da história do futebol, se forem contabilizados apenas os gols marcados em atuação nos respectivos times.

No dia 22 de dezembro, Messi marcou seu gol de número 644 em jogos oficiais pelo Barcelona, superando a marca de 643 de Pelé pelo Santos. O feito aconteceu na vitória do clube catalão sobra o Valladolid, por 3 a 0, pelo Campeonato Espanhol.

O argentino chegou a comemorar nas redes sociais e disse que nunca imaginou quebrar recordes, muito menos de Pelé.

No entanto, o Santos FC não concorda e divulgou, em seu site oficial, uma nota, assinada por Fernando Ribeiro, da Associação dos Pesquisadores e Historiadores do Santos FC (Assophis). Leia aqui.

Ele questiona o recorde de gols de Messi em partidas oficiais, opinião corroborada pelo clube da Vila Belmiro.

Ambos defendem que os gols marcados em jogos amistosos deveriam ser contabilizados. Dessa forma, Pelé, que marcou, no total, 1.091 gols pelo Peixe, continuaria como recordista, praticamente imbatível.

No texto de Ribeiro, ele justifica sua posição, alegando a relevância de adversários em determinados amistosos, que não poderiam ficar fora das estatísticas, além da forma como era o calendário nos anos em que Pelé atuou.

“A estrutura do futebol de seleções da época era outra. Sem as chamadas ‘datas Fifa’, os clubes cediam seus atletas por longos períodos para preparação visando a Copa do Mundo. Pelé ficou sem jogar pelo Santos por mais de dois meses nos anos de 1962, 1966, 1969 e 1970, servindo ao escrete canarinho”, conta Ribeiro.

Contudo, na Europa, gols em partidas amistosas sempre foram ignorados em termos de contagem para a posteridade. Todas as listas desse tipo apresentam, apenas, gols em jogos oficiais, disputados em competições reconhecidas pela Fifa.

Uma explicação para a utilização desse critério é a falta de um formato específico em amistosos, como por exemplo, substituições de todos os jogadores.

Paixão

Longe de uma conclusão, o assunto promete render ainda muito mais teses. Afinal, o futebol é movido a paixões, que acabam interferindo no julgamento crítico de determinados assuntos.

O fundamental, mesmo, é que tanto Pelé, como Messi, ou Maradona, Zico, Sócrates, Tostão etc, são craques especiais, que habitam o imaginário de quem ama o futebol.

Com informações do colunista Rodolfo Rodrigues, do UOL

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