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Livro sobre homofobia no futebol consegue dobro da meta em vaquinha virtual e é relançado

“Bicha – Homofobia estrutural no futebol”, de acordo João Abel, seu autor, expõe "a realidade de pessoas que são excluídas de um dos maiores elementos da nossa cultura nacional simplesmente por sua orientação sexual e de gênero"

Foto: Reprodução

Por Julinho Bittencourt, da Revista Fórum

O livro “Bicha – Homofobia estrutural no futebol”, do jornalista João Abel, acaba de ganhar uma segunda edição financiada através de uma vaquinha virtual. Após chamar a atenção de colegas e ser citado em diversos programas de televisão, o financiamento coletivo desta edição alcançou 221% da meta.

“Bicha – Homofobia estrutural no futebol”, de acordo com o próprio autor, expõe uma dura realidade, “a de pessoas que são excluídas de um dos maiores elementos da nossa cultura nacional simplesmente por sua orientação sexual e de gênero. Segregadas, marginalizadas, jogadas para escanteio”.

Mas, ainda segundo Abel, “também mostra motivos para acreditar: existe muita gente que quer mudar essa realidade, seja dentro de campo, na arquibancada ou no futebol amador”.

A obra conta histórias de resistência, como a do primeiro jogador a assumir a homossexualidade na Inglaterra dos anos 1980, a torcida gay que enfrentou o preconceito nos tempos de ditadura militar e o primeiro time de homens transexuais do Brasil.

A razão da vaquinha virtual para a segunda edição é simples. O livro foi editado e lançado pela Editora Primeiro Lugar, em outubro/2019, mas a tiragem inicial esgotou rapidamente.

Três partes

“O livro está dividido em três parte: campo, arquibancada e camisa, que são símbolos para falar sobre futebol profissional, torcidas LGBTs, e futebol amador. Esses três temas são destacados no livro e dentro deles eu conto sobre alguns casos. Falo sobre o primeiro jogador a se assumir homossexual; as torcidas LGBTs, que estão em todos os clubes grandes do Brasil; a torcida LGBT que lutou durante a ditadura militar no Brasil; do primeiro time de homens transexuais; faço um mapeamento de times LGBTs, que hoje no Brasil são pelo menos 60, dos campeonatos que eles disputam… Além disso, realizei várias entrevistas com jogadores, com o único profissional gay que atua no Brasil, jornalistas, especialistas e um sociólogo. É um livro bem generalizado”, define o escritor ao Bahia Notícias.

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