Com o objetivo de encontrar Robinho para que ele seja oficialmente informado sobre a abertura do processo que pode levá-lo a cumprir pena no Brasil, a Justiça recebeu quatro endereços do Ministério Público Federal (MPF). Todos na Baixada Santista.
Porém, três dos quatro endereços não têm relação com o ex-jogador. Robinho foi condenado na Itália, em última instância, a nove anos de prisão por estupor coletivo.
O MPF encaminhou à Justiça dois endereços em São Vicente, um em Santos e um no Guarujá, o único que está correto. No município, Robinho é proprietário de um imóvel em um condomínio fechado de luxo.
De acordo com reportagem do UOL, os outros três endereços não têm relação com o ex-jogador. Um de São Vicente, por exemplo, indica uma rua que não existe.
Por outro lado, o MPF não informou à Justiça um dos endereços mais conhecidos de Robinho: uma cobertura no bairro da Aparecida, em Santos.
Caso o ex-jogador não seja encontrado em 30 dias, o caso pode ser julgado à revelia.
STJ nega apreensão de passaporte
Maria Thereza de Assis Moura, ministra presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou o pedido para que o passaporte de Robinho fosse retido.
O documento, obtido pelo G1, aponta que a solicitação foi feita pela União Brasileira de Mulheres, associação civil sem fins lucrativos, que atua em 25 estado e conta com 2.690 filiadas.
A entidade pediu para atuar no processo como amicus curiae (amigo da corte). A expressão latina é usada para designar um terceiro agente que ingressa em uma ação com a função de fornecer informações ao órgão julgador. Porém, a ministra negou o pedido, destacando “falta de legitimidade do amicus curiae para tanto”.