Histórico! A Portuguesa Santista é campeã da Copa Paulista pela primeira vez”! A Briosa buscou um empate heroico, em 2 a 2 e fora de casa contra o São José. O resultado, somado à vitória por 1 a 0 na partida de ida, no Ulrico Mursa, deu o título para o clube de Santos. O jogo foi realizado no estádio Martins Pereira, em São José dos Campos.
Franco e Jean Henrique marcaram os gols da Briosa, enquanto Rafael Tanque, por duas vezes, anotou os tentos para o São José.
Agora, a Portuguesa Santista poderá escolher se quer jogar a Copa do Brasil ou o Brasileirão da Série D no ano que vem. O São José, vice-campeão, vai ficar com a outra opção.
Mas mais do que isso, o título fecha uma temporada inesquecível para os torcedores da Briosa. Os últimos troféus do clube tinham sido em conquistados em 2016, com o Campeonato Paulista da Série B-1, e em 2003, quando a Briosa foi Campeã Paulista do Interior.
Além desses títulos, a Portuguesa Santista também é tetracampeã do Campeonato Paulista da Série A-2 (1932, 1933, 1934e 1964) e campeã do Torneio Início de 1929.
Primeiro Tempo
A Portuguesa Santista deu um enorme passo rumo ao título inédito ao abrir o marcador com menos de um minuto de jogo. Depois da pressão de Lucas Paraíba, a defesa do São José falhou e Franco, de fora da área, fez o 1 a 0 para a Briosa. Incrível! O gol foi um banho de água fria nas intenções da Águia do Vale que precisava de uma vitória para seguir na briga.
Mas o São José não se acovardou e foi para o ataque, especialmente nas bolas paradas. Aos 12 minutos, Rodrigo Andrade deu belo chute de fora da área para Wagner Coradin defender.
Tentando frear os ataques do adversário, a equipe Rubro-Verde tinha levado três cartões amarelos em menos de 20 minutos. Aos 29, o time do interior chegou a empatar o placar, mas Rafael Tanque estava impedido.
Aos 37, Serafim passou por Michel e sofreu a carga. O juiz não teve dúvidas e marcou o pênalti. Na cobrança, Tanque deslocou o goleiro e empatou o duelo: 1 a 1.
Aos 44, Flávio Boaventura fez falta no meio de campo, levou o segundo cartão amarelo e deixou a Briosa com um homem a menos. Eram os dois ingredientes que a equipe do São José precisava para incendiar a partida e buscar a virada.
Com um homem a menos em campo, o técnico Sérgio Guedes se viu obrigado a mexer na equipe da Briosa. Saiu o meia Lucas Paraíba e entrou o zagueiro Guilherme.
Por conta da confusão na expulsão do zagueiro Rubro-Verde, o juiz concedeu 11 minutos de acréscimos.
Segunda etapa
Sabedor da necessidade do placar, o técnico Ricardo Costa sacou o Pedro Favela para a entrada de João Gabriel. Com um homem a mais, o São José sufocava a Portuguesa Santista, e o goleiro Wagner aparecia para espalmar o perigo. Aos 11 do segundo tempo, Rafael Tanque recebeu sozinho na pequena área e virou o jogo: 2 a 1. A pressão era enorme. Com o gol, a partida iria para os pênaltis.
Aos 23, a Briosa, valente, quase empatou o jogo. Michel foi à linha de fundo e cruzou para Léo Santos. A bola passou rente à trave e levou susto ao gol joseense. Em cobrança de escanteio, Magrão cabeceou e a zaga joseense tirou em cima da linha. Quase o empate Rubro-Verde.
Aos 30, o São José teve o seu jogador expulso. Léo Santos fez boa finta em Gustavo Nicola e o defensor fez falta. O juiz viu, deu o segundo amarelo e Nicola deixou os dois times com 10 em campo.
Como resposta, o técnico Ricardo Costa preparou duas mudanças. Saíram Nicolas e Rodrigo Andrade para as entradas de Jefferson e Dener. Em resposta, Sérgio Guedes trocou Ítalo Henrique por Diego Gomes. A Briosa beliscava o São José, mas pecava na finalização. O São José fez sua última troca: saiu Matheus Serafim e entrou Caio Vieira.
O árbitro concedeu cinco minutos de acréscimos. Quando eram jogados 47 do segundo tempo, houve cobrança de falta para a Briosa. Michel cobrou, Luiz Augusto defendeu, soltou e Jean Henrique completou para o gol. E em poucos minutos, a Portuguesa Santista se sagraria campeã da Copa Paulista.