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Barbeiro Toninho, uma das lendas da Vila Belmiro, morre aos 91 anos

Ele era figura conhecida das cercanias do estádio, graças à barbearia que tinha no local

O Barbeiro Toninho e sua camisa autografada pelo Rei Pelé - Foto: Arquivo Pessoal

Uma das principais figuras do bairro da Vila Belmiro e torcedor do Santos, o barbeiro Antônio Cardoso Vieira, o popular Toninho, faleceu na madrugada deste sábado (14), vítima de infarto. De acordo com o informado pela família, ele estava internado na Santa Casa de Santos. 

Toninho nasceu em Portugal, chegou ao Brasil aos 25 anos, mas trabalhava como barbeiro desde os 14. Dono de uma barbearia próxima à Vila Belmiro, ele anunciou sua aposentadoria no ano passado. Além disso, era conhecido de muitos dos jogadores do Santos da década de 50 e 60. E principal: se orgulhava de mostrar uma camisa do Peixe autografada pelo Rei Pelé. 

Lembranças 

Em contato com A Tribuna, Ana Maria Vieira Silva, filha de Toninho, disse que o pai almoçou com a família na quarta (11). De noite, ele passou muito mal e foi levado à Santa Casa. Na instituição, foi submetido a uma série de exames, em que foi constatado o infarto. Nesta madrugada, ele sofreu insuficiência renal e veio a óbito. 

Em 12 de abril de 2022, Toninho já tinha sofrido um infarto. Como consequência, foi proibido de trabalhar e anunciou sua aposentadoria. “Ele tinha um orgulho imenso de ter trabalhado por 66 anos na barbearia. Com isso, ele conseguiu comprar os dois imóveis que tinha, criou eu e minha irmã, pagou nossas faculdades. Ele sempre nos ajudou muito, sempre foi uma pessoa muito honesta, um exemplo de homem, trabalhador”, relembra. 

“Ele sempre ensinou a tratar os clientes bem, ser amigo de todo mundo. Era uma pessoa alegre, divertida, que gostava de passear. Infelizmente, ele tinha 91 anos, estava cansadinho, e se foi para junto de Deus”, lamentou sua filha. 

Depois de perder clientes e amigos em razão da pandemia de Covid-19, Toninho continou a fazer o que mais gostavaa: cortar cabelos em sua barbearia. “Ele sempre mostrou que o caminho certo é esse, ter suas coisas, conquistar, sem passar a perna em ninguém. Sempre tratando todo mundo bem, como gostaria de ser tratado”, lembrou Ana. 

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