Mansão conhecida como “Casa Branca” é demolida no bairro Aparecida, em Santos

Durante mais de 50 anos o casarão pertenceu à família Lopes, mas o casal, Armando Lopes, de 89 anos, e Lea Maria Pessoa Aflalo Lopes, de 81, achou que era hora de mudar

Foto: Reprodução/Google Maps

Um marco de beleza arquitetônica em meio aos inúmeros prédios que tomam conta da cidade de Santos, a mansão conhecida como “Casa Branca”, localizada à Rua Alexandre Martins, no bairro Aparecida, não existe mais. Ela foi demolida na quarta-feira (19).

Com 1.500 metros quadrados de área construída, a mansão foi residência da família Lopes por mais de cinco décadas, de acordo com reportagem de Ágata Luz, em A Tribuna.

A filha mais nova, Giuliana Aflalo Lopes, de 42 anos, relata a razão da mudança dos pais: “A casa tinha uma história de vida. Alegrias, tristezas, momentos difíceis, como é o lar de qualquer família”, conta a jornalista e empresária do ramo de decoração, em entrevista à ATribuna.com.br.

Giuliana explica que os pais, o advogado e construtor Armando Lopes, e a artista plástica Lea Maria Pessoa Aflalo Lopes, viveram no local por mais de 50 anos, onde criaram os cinco filhos: quatro mulheres e um homem.

“Quando meu pai comprou há mais de 50 anos, era uma casa de 400 m² de construção. Atualmente, tinha 1.500 m² de área construída. Meus pais sempre tiveram um supercuidado, eles adoravam, era superconservada. Meu pai pintava aquele telhado quase duas vezes por ano”, destaca.

Porém, atualmente, moravam apenas o casal, uma filha e uma funcionária da família. “Chegou uma hora que eles, por idade, já não tinham mais muita condição de ficar na casa. Meu pai tem 89 anos, minha mãe tem 81. A casa já estava muito grande para eles, tinha muita escada. Então eles acharam por bem mudar”, conta Giuliana.

Várias ofertas

“Durante esses 50 anos, construtoras sempre entraram em contato. Meu pai nunca quis vender, agora que eles começaram a pensar em vender, meu pai recebeu diversas ofertas, mas não queria que levantassem um prédio”, revela a filha. O casal aceitou a proposta de uma construtora em janeiro de 2021 e se mudou em abril.

“Meu pai acreditou que viveria uma família lá e posteriormente o local seria demolido. Foi nossa casa durante anos, por gerações, a gente ficou supertriste. Mas é uma página virada, etapa concluída”, ressalta Giuliana.

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