Após intervenção federal, Sindestiva adia decisão sobre paralisação no Porto de Santos

Ministério da Infraestrutura e integrantes das operadoras prometeram promover mudanças no cais santista, no sentido de tentar minimizar o perigo de disseminação do coronavírus

Porto de Santos - Foto: Codesp/Divulgação

Depois que o Sindicato dos Estivadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão (Sindestiva) divulgou que a categoria deveria paralisar atividades em função do avanço do coronavírus, o Ministério da Infraestrutura decidiu intervir. A pasta solicitou que os trabalhadores continuem atuando.

O ministério e integrantes das operadoras do Porto de Santos prometeram promover mudanças no cais santista, no sentido de tentar minimizar o perigo de uma possível disseminação do vírus entre os trabalhadores.

Entre as medidas que deverão ser tomadas pelo governo federal estão a melhora nas condições de trabalho, distribuição de álcool gel e de máscaras para os trabalhadores.

Apesar dos apelos governamentais, o presidente do Sindestiva, Nei da Estiva, optou por não tomar uma decisão definitiva sobre a questão. A princípio, ficou resolvido que os trabalhadores continuam na ativa, houve o cancelamento temporário do sistema biométrico, distribuição de álcool em gel em todos os gates e a garantia que todos os métodos de prevenção serão tomados.

Além disso, também ficou definido que os trabalhadores aguardarão o que será deliberado em reunião agendada para esta sexta-feira (20), na qual o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp) deve se manifestar em relação aos temas debatidos.

Preocupação

Na terça-feira (17), o Sindestiva anunciou que convocaria uma assembleia, com o objetivo de definir pela paralisação das atividades em todo o Porto de Santos. Os trabalhadores, porém, se disponibilizariam a ajudar quando for carga necessária ao setor de Saúde.

De acordo com nota do sindicato, os estivadores demonstraram preocupação com relação à pandemia do Covid-19. Por isso, eles acreditavam que a medida mais correta seria suspender as atividades, uma vez que o Porto de Santos é uma porta para o mundo e o contato com as tripulações dos navios é inevitável a cada trabalho.

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