O estudo Epidemiologia da Covid-19 na Região Metropolitana da Baixada Santista (Epicobs), que visa mapear a disseminação da Covid-19 na região, inicia a sua terceira etapa nesta quarta-feira (27) em Santos.
Até sexta (29), equipes de enfermagem e agentes comunitários de saúde abordarão moradores em suas residências para que se voluntariem com o estudo, por meio da realização de um teste rápido, que identifica a presença de anticorpos para o novo coronavírus, caso a pessoa já tenha tido Covid-19. Em Santos, a meta para esta etapa é colher 609 amostras.
O perfil e local de residência dos participantes são escolhidos de modo aleatório por um sistema computadorizado. As equipes de saúde estarão devidamente paramentadas com equipamentos de proteção individual descartáveis (máscara, gorro, óculos, avental) e identificadas com crachá.
Cada etapa é realizada com 15 dias de intervalo entre uma e outra, para que possa ser feita uma leitura da evolução da disseminação do coronavírus na Baixada Santista. A quarta e última etapa do estudo está prevista para o mês de junho.
Os resultados das quatro fases serão usados no planejamento de ações imediatas, não só na Saúde, mas também na Assistência Social e na Economia, além de situar o governo do estado quanto à situação da Baixada Santista e as medidas de a serem tomadas em âmbito regional.
“É um estudo pioneiro, que demonstra em tempo real a progressão da doença e nos permite discutir de forma ordenada e cuidadosa a flexibilização do distanciamento social”, afirma o médico infectologista Marcos Caseiro, um dos coordenadores da pesquisa.
Resultados
A partir do resultado das amostras positivas, é feito um cálculo, similar ao de pesquisa eleitoral, levando em consideração a quantidade populacional da região, para estimar o total de infectados.
Na última etapa, realizada entre os dias 13 e 15 de maio, o estudo mostrou que 2,2% da população da Baixada Santista (40.608 pessoas) já teve contato com o novo coronavírus – um a cada 45 habitantes.
Em relação ao total de casos confirmados oficialmente à época da divulgação da pesquisa, verificou-se que para cada caso confirmado na Baixada Santista, outros dez não chegaram aos registros oficiais.
A primeira fase da pesquisa, cujas coletas foram realizadas no fim de abril, indicava que 1,41% da população da Baixada Santista já tinha tido contato com a doença (25.823 pessoas).